Os modelos frios e neutros dão lugar à
criatividade, e as cores voltam com tudo para os projetos de decoração das
cozinhas.
Armários e eletrodomésticos ultracoloridos
dominaram as cozinhas nos anos 80. Naquela época, era comum ter uma cozinha
inteira vermelha, azul ou, quem sabe, amarela. Nos anos seguintes, no entanto,
a funcionalidade e a neutralidade do ambiente ficaram mais evidentes, deixando
esses espaços monocromáticos e até frios.
Mas
na arquitetura, assim como na moda, as tendências também são cíclicas e, pouco
a pouco, as cozinhas vêm se colorindo outro vez. A nova roupagem dessa tendência vem em um
momento em que as cozinhas estão deixando de ser o “templo sagrado” onde só as
donas de casa entram, para se tornarem um espaço agregador e apto para receber.
A arquiteta Marina Dubal, da DAD Arquitetura,
destaca as cores que estão sendo mais utilizadas nesse ambiente: “As nuances mais
quentes, por exemplo, laranja, vermelho e amarelo, são mais comuns. No entanto,
nada impede que se use cinza, marrom, azul ou verde, que são tons mais
frios. Tudo depende da personalidade do cliente e da proposta global do
projeto”.
Para Marina, as cores fazem bem, principalmente na
cozinha, onde são preparadas as refeições. E como todos sabem, quem se alimenta
bem, tem boa saúde. “As cores despertam sensações, o que é positivo quando isso
é bem direcionado no projeto”, salienta. Ela ainda lembra que as cores claras
facilitam a limpeza, já que refletem a luz, evidenciando a sujeira.
Marina destaca ainda que a
cozinha deve estar harmonia com o restante da casa: “Esse ambiente faz parte de
um conjunto arquitetônico. É muito importante que esteja integrado
esteticamente aos outros espaços da casa, inclusive, em relação aos materiais
de acabamento. Do contrário, corre-se o risco de se ter vários ambientes
interessantes, mas que não compõem um conjunto harmônico”.
Marina, arrisca cores fortes nas
paredes ou mesa. Mas, nas bancadas e revestimentos, indica o uso de nuances
como bege, cinza e preto.
Outra informação importante é que na
cozinha deve-se lançar mão de revestimentos que possam ser lavados
periodicamente, como vidros serigrafados e madeiras laqueadas, pois esse
ambiente precisa de constante higienização.
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